Um dos pioneiros na área do fisioculturismo no Brasil, o curitibano Gerson Doria fixou residência em Santo André na década de 1940 e montou uma das primeiras academias da região, em 1956.
Faleceu em 2010, aos 85 anos, deixando cinco filhos e 9 netos. A academia, a mais tradicional de Santo André ainda funciona na Rua Alcides de Queiroz 143, Casa Branca. Gerson foi campeão brasileiro em 1952 e Mister Brasil em 1954. Casou-se com Efigenia que foi a primeira professora de musculação do País, com ela desfilou no Ocara, nos carnavais de Rua Andreenses. Efigenia partiu onze anos antes que Gerson.
Fotos e informações gentilmente cedidas pelo filho André Doria.
Fonte complementar: DGABC
obs: este é um complemento a postagem sobre Gerson Dória, que gerou muitos comentários e perguntas.
Postagem relacionada aqui: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1604667409826365&set=gm.178211545928576&type=3&theater
quarta-feira, 30 de agosto de 2017
segunda-feira, 21 de agosto de 2017
ARMANDO O FILOSOFO !
POSTADO NO GRUPO DO FACEBOOK SANTO ANDRÉ DE ONTEM E HOJE, POR
Acho que quase todos já ouviram falar do famoso Restaurante Napolitano, e alguns tiveram o prazer de conhecê-lo e saborear seus pratos diários e as deliciosas pizzas. O restaurante possuía 3 sócios, italianos como não poderia deixar de ser em Santo André. Um era o Mario Gasparroni, outro o Giacomo (cujo sobrenome não me lembro) e o terceiro era o Armando Pilotti, e é dele que gostaria de falar.
O Armando chegou ao Brasil no início dos anos 50, mais um imigrante italiano a fixar residência na cidade. Ele tinha servido na Marinha italiana durante a guerra e, como muitos, resolveu deixar a sua Itália arrasada para tentar nova vida em terras distantes. Aqui chegando ele foi morar na casa da minha avó, Alba Daros (filha de italianos, como também não poderia deixar de ser), na Rua Alfredo Fláquer. A casa dela era enorme e tinha um porão com pé-direito alto, que ela transformou em alguns quartos e os alugava para os "paesani" que chegavam da Itália. Ela estava viúva, meu avô (italiano de Nápoles) não a deixou com grandes recursos além da casa e o aluguel caia bem. O Armando montou então com os demais patrícios o Restaurante Napolitano, do outro lado da Alfredo Fláquer, em frente ao velho Cine Santo André, que era quase ao lado da casa da minha avó. O restaurante prosperou e o imóvel sofreu reformas ao longo do tempo para refletir seu sucesso. Nos anos 60 já exibia um enorme balcão em forma de U com bancos, onde os clientes podiam tomar café ou saborear um excelente sanduíche de pernil. Tomei muito café lá e saboreei sorvetes Kibon, quando criança. Ao fundos ficava o reservado com suas mesas e cadeiras tradicionais.
O Armando não possuía parentes no Brasil mas tinha alguns irmãos e os pais ainda vivos na Itália. Com o sucesso financeiro ele deixou de morar na casa da minha avó mas manteve forte amizade com ela, que tanto o ajudou no início. A amizade se transformou em um relacionamento sentimental e os dois vieram a se casar em 1960. Na ocasião ele tinha 43 anos e ela 54. Passariam juntos os anos de velhice que se aproximavam. Em 1968 minha avó teve um AVC isquêmico e ele cuidou dela com dedicação, e ela se recuperou. 7 anos depois o Armando foi diagnosticado com tumor no cérebro, e foi a vez da minha avó cuidar dele. Esses cuidados não se estenderam muito pois logo depois do diagnóstico e cirurgia para retirada do tumor ele sofreu um massivo infarto quando estava no banheiro do restaurante. Foi sepultado no túmulo da família, no cemitério de Vila Assunção. 5 anos depois, em 1980, minha avó o seguiria.
Abaixo temos a foto do Napolitano, nos anos 50, outra provavelmente do início dos anos 80, quando o Armando já tinha falecido. E o casal Armando e Alba, quando do casamento deles no Civil.
Wagner Daniel de Godoy
Acho que quase todos já ouviram falar do famoso Restaurante Napolitano, e alguns tiveram o prazer de conhecê-lo e saborear seus pratos diários e as deliciosas pizzas. O restaurante possuía 3 sócios, italianos como não poderia deixar de ser em Santo André. Um era o Mario Gasparroni, outro o Giacomo (cujo sobrenome não me lembro) e o terceiro era o Armando Pilotti, e é dele que gostaria de falar.
O Armando chegou ao Brasil no início dos anos 50, mais um imigrante italiano a fixar residência na cidade. Ele tinha servido na Marinha italiana durante a guerra e, como muitos, resolveu deixar a sua Itália arrasada para tentar nova vida em terras distantes. Aqui chegando ele foi morar na casa da minha avó, Alba Daros (filha de italianos, como também não poderia deixar de ser), na Rua Alfredo Fláquer. A casa dela era enorme e tinha um porão com pé-direito alto, que ela transformou em alguns quartos e os alugava para os "paesani" que chegavam da Itália. Ela estava viúva, meu avô (italiano de Nápoles) não a deixou com grandes recursos além da casa e o aluguel caia bem. O Armando montou então com os demais patrícios o Restaurante Napolitano, do outro lado da Alfredo Fláquer, em frente ao velho Cine Santo André, que era quase ao lado da casa da minha avó. O restaurante prosperou e o imóvel sofreu reformas ao longo do tempo para refletir seu sucesso. Nos anos 60 já exibia um enorme balcão em forma de U com bancos, onde os clientes podiam tomar café ou saborear um excelente sanduíche de pernil. Tomei muito café lá e saboreei sorvetes Kibon, quando criança. Ao fundos ficava o reservado com suas mesas e cadeiras tradicionais.
O Armando não possuía parentes no Brasil mas tinha alguns irmãos e os pais ainda vivos na Itália. Com o sucesso financeiro ele deixou de morar na casa da minha avó mas manteve forte amizade com ela, que tanto o ajudou no início. A amizade se transformou em um relacionamento sentimental e os dois vieram a se casar em 1960. Na ocasião ele tinha 43 anos e ela 54. Passariam juntos os anos de velhice que se aproximavam. Em 1968 minha avó teve um AVC isquêmico e ele cuidou dela com dedicação, e ela se recuperou. 7 anos depois o Armando foi diagnosticado com tumor no cérebro, e foi a vez da minha avó cuidar dele. Esses cuidados não se estenderam muito pois logo depois do diagnóstico e cirurgia para retirada do tumor ele sofreu um massivo infarto quando estava no banheiro do restaurante. Foi sepultado no túmulo da família, no cemitério de Vila Assunção. 5 anos depois, em 1980, minha avó o seguiria.
Abaixo temos a foto do Napolitano, nos anos 50, outra provavelmente do início dos anos 80, quando o Armando já tinha falecido. E o casal Armando e Alba, quando do casamento deles no Civil.
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